quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O ambiente de negócios no país vive um caos absoluto

FOLHA SP entrevista Ricardo Lacerda


O ambiente de negócios no país vive um caos absoluto
Ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil e do Citigroup na América Latina antevê alta nos juros e rebaixamento por outras agências de risco

O ambiente de negócios vive o caos e os investidores estrangeiros estão perplexos com o governo. O rebaixamento por outras agências de risco é inevitável. A opinião é de um dos principais assessores financeiros do país, Ricardo Lacerda, que, desde que fundou seu banco de investimento, BR Partners, em 2009, fez mais de 90 operações, ultrapassando R$ 70 bilhões.

Eleitor de Marina no primeiro turno e de Dilma no segundo, ele afirma que errou nas previsões ao dar um voto de confiança à presidente em artigos publicados em 2014.

Arte de RICO


Folha - O sr. estava mais otimista em 2014 e votou na presidente. Errou nas previsões?
Ricardo Lacerda - Fui um dos primeiros empresários a apontar publicamente os erros do ex-ministro Guido Mantega. Previ a reeleição da presidente Dilma e uma condução mais ortodoxa da política econômica. Mas errei ao achar que a presidente faria isso com convicção, que optaria por um ajuste claro e profundo, que poderia resgatar rapidamente a confiança dos mercados. Hoje está claro que prevalece na cúpula do governo a crença de que existem saídas menos dolorosas para a crise. É justamente essa distância da realidade que aprofunda ainda mais a crise.

Há risco de o país ser rebaixado por outra agência?
A menos que haja um comprometimento imediato e claro com um profundo ajuste fiscal, o que já não parece provável, é certo que o Brasil será rebaixado por todas as agências. Seus critérios são similares e há rápida deterioração dos indicadores econômicos. Creio que esse efeito já está em boa parte refletido no preço dos principais ativos brasileiros –mas claro que um rebaixamento em cadeia será muito negativo.

Arte de NANI


Como os investidores estrangeiros estão vendo o Brasil?
Há uma enorme perplexidade com a completa inabilidade do governo em propor um caminho viável para sair da crise. O ambiente de negócios vive momento de caos absoluto. O governo perdeu completamente a credibilidade e houve uma paralisação de gastos e investimentos. Os empresários estão com medo de quebrar, e os trabalhadores, com medo de perder emprego. Esse sentimento negativo reverbera mundo afora e afeta nossa credibilidade com o investidor estrangeiro.

Há quem veja oportunidade nessa crise?
Sim, oportunidades enormes. Muitos bons ativos estão sendo negociados a preço de banana. É muito menos arriscado para um investidor estrangeiro entrar no país hoje, com o dólar a R$ 4 e a Bolsa a 44 mil pontos, do que há três anos, com o dólar a R$ 2 e a Bolsa a 75 mil pontos. Mas, para que predomine a visão de que temos oportunidade, é preciso que os preços dos ativos se estabilizem. Entrar no Brasil com dólar a R$ 4 pode ser ótimo negócio, desde que não chegue a R$ 5 ou R$ 6 no curto prazo. Há hoje percepção de que o risco de descontrole da economia é real.

Arte de IOTTI


Até onde vão os juros?
Num ambiente de total falta de credibilidade da política econômica, o único elemento que pode tranquilizar investidores é a taxa de juros.

Mantido o cenário atual, eu diria que não só não encerramos o ciclo de aperto monetário, como é provável que ainda seja necessário um novo choque de juros, de mais 200 a 300 pontos-base. Os juros futuros mostram isso e podemos ver a Selic próxima a 20% ao ano. Pagaremos caro por termos mantido juros artificialmente baixos por tanto tempo.

Arte de IOTTI


Mudaria algo no ajuste?
Acho que a proposta do governo é absolutamente desconexa. A manobra de enviar ao Congresso um Orçamento com deficit foi desastrada e em seguida o governo não conseguiu articular nenhum raciocínio lógico para defendê-la. Em segundo lugar, o governo pode pedir que a sociedade faça sacrifício, é justo, mas tem que fazer sua parte e mostrar com clareza o que defende. Ele foi eleito para liderar, mostrar caminhos, não para enviar um Orçamento e pedir que se virem para equilibrá-lo. Acho que a sociedade não aceita mais alta de imposto, o governo terá de cortar mais gastos. Senão, a inflação cortará por ele.

Arte de FRED


Como combater a inflação?
Com políticas fiscal e monetária sérias. O Brasil não foi o único no mundo a relaxar tais políticas diante da crise de 2008. O erro foi exagerar em estímulos excessivamente de curto prazo e não propor reforma estrutural.

O governo não soube a hora de recuar nos incentivos para garantir a saúde das contas. Essa barbeiragem nos levou a uma combinação tóxica de baixo crescimento, explosão da dívida pública e inflação alta. Para reverter, é preciso competência e determinação por parte do governo. Não estamos vendo uma coisa nem outra.

O controle da inflação foi a maior conquista social do brasileiro nas últimas décadas e é lamentável que a presidente nunca tenha dado a ele a sua devida importância.

Levy ainda é considerado pelo mercado a tábua de salvação? Ou é hora de deixar a cena?
A presidente nunca endossou o ministro, nem seu receituário econômico, como o caminho para o país driblar a crise. O resultado é esse: governo com atuação conflitante e sem liderança. O ministro é um profissional sério, acadêmico respeitado, pessoa com espírito patriótico que tenta ajudar seu país. Será lamentável se ele deixar o cargo, mas creio que ninguém mais o vê como tábua de salvação. Para reverter expectativas, a presidente precisará mostrar uma mudança radical e inequívoca de suas próprias convicções.

Arte de MIGUEL


O sr. avalia que ele teve boa atuação até agora?
O mercado esperava que Levy representasse ruptura com a gestão anterior e uma oportunidade de fazer ajuste rápido, que traria de volta a credibilidade. Era minha aposta. Isso não ocorreu, pois a presidente e seu círculo próximo nunca abandonaram suas ideologias nem abriram mão da condução da economia. O objetivo ao aceitar nomear Levy era apenas usar sua credibilidade para recuperar o apoio dos mercados. Acho injusto julgar a atuação dele. Fica a impressão que ele foi sem nunca ter sido.

Arte de MIGUEL


Mudar o governo ajuda? Quer impeachment?
No momento não há motivos técnicos para impeachment. Tudo leva a crer que a presidente é uma pessoa honrada. Mas, evidentemente, o impeachment tem dinâmica política, que já está em curso. A inépcia política da presidente e a relutância em buscar novos caminhos a coloca numa posição cada vez mais delicada. É possível que termine seu mandato, mas há o risco de isso acontecer sem que tenha apoio político ou popular e com economia em frangalhos.

E agora presimente Lulla? vais exigir a sumária demissão desse analista também como fez com a do Santander?

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Os instrumentistas bons de garrafa



O Homem-Cobra


Toffoli e o fatiamento da Lava-Jato

Por Felipe Moura Brasil


"Único", Dias Toffoli, é o esquema de poder do PT
José Antonio Dias Toffoli, advogado do PT posto no Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a defender o fatiamento da Operação Lava Jato, segundo o Valor:

A Justiça é única. O Ministério Público da União é único. A Polícia Federal é única. Não há que se falar, portanto, que alguém fará melhor ou alguém fará pior. Tanto o Ministério Público da União, quanto a Polícia Federal e os juízes federais de todo o Brasil são habilitados, têm competência para fazer as investigações para analisar os fatos e fazer a apuração necessária. Não há um juiz federal melhor do que outro, não há uma Polícia Federal de um Estado melhor do que a outra de outro Estado, não há um MPF de um Estado que seja melhor do que o de outro Estado.

Dias Toffoli e seu irmão, bajulando Lulla


Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – amigão do peito de José Dirceu; defensor dos investigados Roseana Sarney (PMDB), Edison Lobão (Minas e Energia), Romero Jucá (PMDB/RR) e Ciro Nogueira (PP/PI); e advogado demitido pela família do doleiro Alberto Youssef após tentar dissuadi-lo da delação premiada – naturalmente comemorou a decisão do STF elogiando Toffoli:

O ministro Dias Toffoli (STF) foi muito feliz ao dizer que a concentração de todas as investigações na Justiça Federal do Paraná significa dizer que os juízes federais do Brasil inteiro não têm crédito. É óbvio que muita coisa não deveria estar no Paraná.

Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado que defende o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – detido desde 15 de abril e condenado a 15 anos de prisão -, afirmou ao Estadão que já vem sustentando a ‘incompetência’ do juiz Sérgio Moro ‘desde o início das investigações’:

A competência, fundamentalmente, tem que ser territorial, pelo que vemos a Lava Jato tem uma série de situações no Rio, outras em São Paulo. Não há razão para que tudo fique concentrado no Paraná. Até agora nossa tese não teve sucesso, mas com a decisão do Supremo abre-se um caminho. Mesmo condenado em primeira instância, cabe recurso de apelação e nele vou insistir que a competência para o caso não é do juiz de Curitiba.

Já o advogado de um réu importante da Lava Jato disse ao site de VEJA que quem trabalha na defesa dos acusados deve pôr as barbas de molho após o fatiamento:

Virou bandeira para o Ministério Público e a magistratura. Tenho visto os procuradores de Curitiba circulando pelo Brasil, conversando com os colegas. E vão surgir mais Moros por aí.”

Deltan Dallagnol, procurador da Lava Jato vencedor do prêmio Global Investigations Review, discordou, em Nova York, do fatiamento da operação, segundo o G1 – em declaração que corrobora a nova bandeira do MP e vai ao ponto da questão, obviamente acima do crédito dos demais juízes:

Nós discordamos tecnicamente dessa notícia. Nós estamos convictos de que a competência nesse caso era nossa, nós pretendemos nos próximos casos deixar isso mais claro. Não há dúvida de que uma investigação concentrada tem uma sinergia maior, as coisas funcionam de um modo melhor. Mas devemos ser flexíveis e nos adaptar e continuar lutando, nos reerguer e continuar contribuindo junto com outros juízes para construir um país mais justo, com menos corrupção e menos impunidade.”

Único – para usar a palavra cara a Dias Toffoli – é o esquema de poder do PT, por mais ramificado que seja nas estatais, nos tribunais e nas demais instituições. Por causa dele e de seu velho método de dividir para conquistar, o MP terá de correr atrás para alcançar a unidade possível e reverter o golpe contra a investigação mais importante da história do país.

Que surjam mais ‘Moros’. Que surjam mais ‘Dallagnóis’.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Flagrantes COM ARMAS que deram errado


STJ, um mau exemplo para o país

Sugestão de Sebastião Cunha.

Por Marco Antonio Villa, para o O GLOBO.


Charges de NANI

Superior Tribunal de Justiça
O Superior Tribunal de Justiça, que se auto intitulou “Tribunal da Cidadania”, foi uma criação da Constituição de 1988. 

É formado por 33 ministros. O STJ recebe pouca atenção do grande público. O Supremo Tribunal Federal acaba ocupando todos os espaços. Uma designação de um ministro para o STJ passa geralmente em branco, já o mesmo não ocorre com o STF. 




Em 2011 e 2013, examinei os gastos do STJ e fiquei estarrecido. 

O curioso é que todos os dados aqui apresentados estão disponíveis no site do STJ, mais especificamente no Portal da Transparência. O último relatório de gestão anual disponibilizado é de 2013.

Os dados são estarrecedores. 




O orçamento foi de R$ 1.040.063.433,00! Somente para o pagamento de aposentadorias e pensionistas foram despendidos R$ 236.793.466,87, cerca de um quarto do orçamento. Para os vencimentos de pessoal, foi gasta a incrível quantia de R$ 442.321.408,00. 

Ou seja, para o pagamento de pessoal e das pensões e aposentadorias, o STJ reservou dois terços do seu orçamento. 




Setembro é considerado o mês das flores. Mas no STJ é o mês do Papai Noel. O bom velhinho, três meses antes do Natal, em 2014, chegou com seu trenó recheado de reais. 

Somente a dois ministros aposentados pagou quase 1 milhão de reais. Arnaldo Esteves Lima ganhou R$ 474.850,56 e Aldir Passarinho, R$ 428.148,16 — os dois somados receberam o correspondente ao valor da aposentadoria de 1.247 brasileiros. 

A ministra Assusete Dumont Reis Magalhães embolsou de rendimentos R$ 446.833,87, o ministro Francisco Cândido de Melo Falcão de Neto foi aquinhoado com R$ 422.899,18, mas sortudo mesmo foi o ministro Benedito Gonçalves, que abocanhou a módica quantia de R$ 594.379,97. Também em setembro, o ministro Luiz Alberto Gurgel de Faria recebeu R$ 446.590,41. 

Em novembro do mesmo ano, a ministra Nancy Andrighi - atualmente, presidente do Conselho Nacional da Magistratura - foi contemplada no seu contracheque com R$ 674.927,55, à época correspondentes a 932 salários-mínimos, o que — incluindo o décimo terceiro salário — um trabalhador levaria para receber 71 anos de labuta contínua. 




Nos dados disponibilizados na rede, é impossível encontrar um mês, somente um mês, em que ministros ou servidores — não exemplifiquei casos de funcionários, e são vários, para não cansar (ou indignar?) ainda mais os leitores — não receberam acima do teto constitucional. 

São inexplicáveis estes recebimentos. 

Claro que a artimanha, recheada de legalismo oportunista (não é salário, é “rendimento”), é de que tudo é legal. Deve ser, presumo. Mas é inegável que é imoral. 




Em maio de 2015, o quantitativo de cargos efetivos era de 2.930 (eram 2.737 em 2014). Destes, 1.817 exerciam cargos em comissão ou funções de confiança (eram 1.406 em 2014). 

Dos trabalhadores terceirizados, o STJ tem no campo da segurança um verdadeiro exército privado: 249 vigilantes. De motoristas são 120. 

Chama a atenção a dedicação à boa alimentação dos ministros e servidores. São 4 cozinheiras, 29 garçons, 5 garçonetes e 54 copeiros. Isto pode agravar a obesidade, especialmente porque as escadas devem ser muito pouco usadas, tendo em vista que o STJ tem 32 ascensoristas. 

Na longa lista — são 1.573 nomes em 99 páginas — temos pedagogas, médicos, encanadores, bombeiros, repórteres fotográficos, recepcionistas, borracheiros, engenheiros, auxiliares de educação infantil, marceneiros, jardineiros, lustradores e até jauzeiros (que eu não sei o que é). 




Para assistência médica, incluindo familiares, foram gastos, em apenas um ano, R$ 63 milhões de reais e mais R$ 4 milhões para assistência pré-escolar. (?)

Pela quantia dispendida em auxílio-alimentação — quase R$ 25 milhões — creio ser necessário um programa de emagrecimento de ministros e servidores. 

Mas os absurdos não param por aí. 

Somente para comunicação e divulgação institucional foram reservados mais de R$ 7 milhões de reais. E não será por falta de veículos que o STJ vai deixar de exercer sua atribuição constitucional. 




Segundo dados de 31 de janeiro de 2015, a frota é formada por: 

57 GM/Omega, 13 Renault/Fluence e 07 GM/Vectra, além de 68 veículos de serviço, perfazendo um total de 146 veículos novos. E como são 33 ministros, cada excelência tem, em média, à sua disposição, 4 veículos.

Como foi exposto, há 2.840 efetivos e mais 1.573 servidores que são terceirizados, perfazendo um total de 4.413, que já é um número absurdo para um simples tribunal, apenas um. 

Ah, leitor, não se irrite. Ainda tem mais gente. 

Segundo o relatório anual de 2013 (volto a lembrar que é o último disponibilizado) há mais 523 estagiários. Sendo assim, o número total alcança 4.936 funcionários! 




É raro uma Corte superior no mundo com os gastos e número de funcionários do STJ. 

Contudo este não é o retrato da Justiça brasileira. Onde a demanda é maior — como na primeira instância — faltam funcionários, o juiz não tem a mínima estrutura para trabalhar e está sobrecarregado com centenas de processos, além de — e são tantos casos — sofrer ameaças de morte por colocar a Justiça acima dos interesses dos poderosos. 

No conjunto não faltam recursos financeiros ao Judiciário. A tarefa é enfrentar, combater privilégios e estabelecer uma eficaz alocação orçamentária. 

Este dever não pode ser reservado somente aos membros do Poder Judiciário. 

Ele interessa a toda sociedade.

* Artigo publicado em 02JUN2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Como o PT transformou o Estado num predador de riquezas

Por Frederico Fernandes, para o JusBrasil

Charges de MIGUEL

Como o PT transformou o Estado num predador de riquezas
O partido fez da máquina pública uma fera devoradora daquilo que é produzido por quem trabalha e investe. Agora o governo chora pela CPMF. São lágrimas de crocodilo.

Quando muitos clamavam pelo perdão da dívida da Grécia e pelo fim da austeridade, coube ao americano Edmund Phelps, ganhador do Nobel de 2006, pôr o debate em sua verdadeira perspectiva. Para Phelps, de nada adiantaria reduzir o endividamento grego nem liberar as despesas públicas. "Tais medidas apenas dariam nova vida aos gastos do governo", disse Phelps. As de­fi­ciên­cias da economia permaneceriam intactas. Seria como jogar dinheiro fora pelo ralo. No Brasil, quando o governo pede uma nova chance e implora por novos tributos, esteja certo: o dinheiro acabará sendo tragado pela boca enorme dos gastos públicos. Sem deter os desperdícios, os privilégios e a gastança sem critério do populismo estatizante, nunca haverá impostos suficientes para sustentar a voracidade pública.



Os desequilíbrios chegaram ao ápice no governo de Dilma Rousseff. No ano passado, a gastança pública deu um salto de 6%, enquanto o produto interno bruto (PIB) teve um ganho desprezível de 0,1%. A cada ano, o governo engole um pedaço a mais do PIB, tributando o setor privado, que é produtivo e eficiente, e transferindo recursos para o setor público, pouquíssimo produtivo e ineficiente por vocação. O resultado dessa política suicida aparece na baixa capacidade de aumento da produção. 

"Em países pobres, o aumento dos gastos públicos pode contribuir para o crescimento da economia", afirma o pesquisador sueco Andreas Bergh, especialista no estudo da relação entre tamanho de governo e desenvolvimento. "Nas nações mais ricas, entretanto, o aumento do setor público está associado à redução do crescimento e da atividade econômica. O Brasil deve ter chegado a esse ponto." De acordo com as análises de Bergh, um aumento de 10 pontos porcentuais na participação estatal na economia reduz o crescimento econômico médio em até 1 ponto porcentual.




O governo, em estado de negação da realidade, parece viver em outro planeta. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu a volta da CPMF, o imposto do cheque, com o seguinte raciocínio: "Na verdade, é um imposto pequenininho. Dois milésimos, né? Se você for comprar alguma coisa que custe 10 reais, você vai pagar 2 centavos". Se é tão pequenininho, por que o governo precisa dele? Porque de fato ele não é tão pequeno assim. Seu efeito cumulativo na economia poderá dar 32 bilhões de reais ao governo no próximo ano, segundo as estimativas oficiais. Especialistas, entretanto, acreditam que a arrecadação será ainda maior. O governo, rebaixado pela agência Standard & Poor's e tachado como pouco confiável, em vez de fazer a sua parte, cortando despesas para valer e eliminando privilégios, passa a conta desavergonhadamente para a população.



Como mostram os exemplos a seguir, não são poucos os desequilíbrios, privilégios e escárnios produzidos nos últimos anos. Há muito a fazer, antes de tributar mais e mais.

Se a atual trajetória de aumento de gastos sociais for mantida e não for feita nenhuma reforma, como a da Previdência, o custo para sustentar os salários do funcionalismo, as aposentadorias e os benefícios assistenciais dobrará, como parcela no PIB, até 2040. Chegaria a 28,5% da economia. Sustentar essas despesas e manter as finanças públicas minimamente equilibradas exigiria uma elevação da carga total de tributos para 50% do PIB. 

A atividade empresarial seria sacrificada ainda mais. Países que exageraram na dose do assistencialismo reconheceram que isso foi um erro e voltaram atrás, como foi o caso da Suécia. O Brasil já vem pagando essa conta antecipadamente. Isso porque as projeções impactam diretamente a situação presente. Os agentes do mercado antecipam os problemas. O país pagará as consequências na forma de cotação do dólar nas alturas, aumento na inflação e queda no crescimento. O problema, como analisa o italiano Vito Tanzi, especialista em finanças públicas, é que raramente os políticos aprendem com os erros de outros governos. "Eles estão fadados, portanto, a ter de aprender com os próprios erros, muitas vezes quando já é tarde demais."




Enquanto aumenta impostos, o governo oferece, como sinal de boa vontade, um corte módico de suas despesas. Corte na teoria, porque a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Corte, antes de tudo, de "vento", como dizem os economistas. O governo promete ainda eliminar parcialmente o seu quadro agigantado de ministros e funcionários comissionados. Sob o comando de Dilma Rousseff, estão 39 ministros de Estado. O presidente americano, Barack Obama, possui em seu time apenas 22 secretários com status equivalente ao dos ministros brasileiros. Assim ele governa a maior economia do planeta.



Um estudo dos economistas Felipe Salto e Nelson Marconi, ambos da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, dá a dimensão do custo da ineficiência do setor público e da redução de despesas possível caso houvesse o aperfeiçoamento da administração federal. O valor chega a 144 bilhões de reais ao ano. Eles levantaram a inflação implícita nas contas do setor público e do privado na última década, entre 2005 e 2014, e constataram que houve uma diferença espantosa: a variação acumulada de custeio foi de 128,6% no governo e de 88,5% nas empresas. "São necessárias ações de gestão complementares ao ajuste estrutural de médio e longo prazo", diz Salto, que é assessor econômico do senador José Serra.

A trajetória de Zé Ramalho...



... em A Peleja do Diabo com o Dono do Céu! - parte 2


25 min 49 seg

Para ver a PARTE 1 - clique AQUI

Apresentação
Som do Vinil


39 min 51 seg


O tamanho dos animais e seus filhotes

As diferenças de proporção entre as espécies e seus descendentes ainda tem um certo mistério para biólogos. Enquanto um panda gigante é 900 vezes maior do que seu bebê recém-nascido, um bebê girafa recém-nascido tem um corpo apenas 10 vezes menor do que a de sua mãe.

Rachel A. Becker aborda o assunto em um artigo para a National Geographic acompanhado por um pequeno gráfico em que as diferenças entre algumas espécies são direcionados. O caso mais extremo é o canguru vermelho, cuja cria é 100.000 vezes menor, apesar de ser um marsupial. 



Se um animal tem bebês grandes ou pequenos depende de como auto-suficientes os bebês precisam estar no nascimento. Os bebês que precisam de muitos cuidados são chamados altriciais, e animais que nascem mais desenvolvidos são chamados precocial. Ambos os pandas e as pessoas caem firmemente no final altricial do espectro.

Em geral, os animais como girafas, gazelas, zebras e gnus - como observado - devem estar preparados para em poucos minutos estarem prontos para andar ainda que de modo desajeitado, enquanto outros como os leões podem se dar ao luxo de ter nascido mais "impotente", pois tem quem os protejam. 

Filhote de Panda recém-nascido


Filhotes da panda dependem de suas mães para tudo, calor, comida, e até mesmo ajudá-los em suas necessidades básicas. 

Uma razão que muito do seu desenvolvimento ocorre fora do útero pode ser que o leite materno é melhor na transmissão de nutrientes para o filhote de panda do que a placenta, diz Megan Owen, diretora associado de ecologia aplicada em animais no jardim zoológico de San Diego. Mas seu pequeno tamanho em relação à mãe coloca-los em risco de ser esmagado enquanto a mãe estar a  cuidar deles. 

O navio mais azarado da 2ª Guerra

Curiosidades em Guerra

XXXVII - Destróier USS Porter
"Um navio desastrado"


DESTROYER ou contratorpedeiro é um tipo de navio de guerra, rápido e manobrável, concebido para escoltar navios maiores numa esquadra naval ou comboio de navios e defendê-los contra agressores menores, mais perigosos.



A história tem nos dado exemplo de incompetência militar em vários casos, mas o do destróier norte-americano USS William D. Porter apelidado de Willie Dee é digno de ocupar um lugar de destaque no ranking dos maiores erros militares de todos os tempos apesar de ter sido posto em serviço em julho de 1943 com uma tripulação de 125 homens, quase  todos eram recém saídos da escola ou estavam trabalhando em uma fazenda enquanto o navio estava sendo construído. O tempo de treinamento foi curto e eles eram tão inexperientes como o navio em que serviram.


Willie Dee às vésperas do lançamento ao mar


Wilfred Walter, o capitão do navio, o chamou de má sorte. Recém construído teve como prova de fogo uma missão de alta relevância, uma tarefa secreta e importante: fazer parte da escolta do encouraçado USS Iowa e proporcionar uma cobertura anti-submarino. A USS Iowa iria transportar o presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, em seu caminho para duas importantes reuniões no Cairo e Teerã com Joseph Stalin e Winston Churchill.


Conferência de Teerã


Os problemas começaram antes mesmo de o destróier deixar o cais para se juntar ao resto do comboio. É que alguém se esqueceu de levantar completamente a âncora, de modo que quando ele começou a manobra de inversão chocou-se em um navio mercante ancorado em paralelo a ele, avariando parte de sua lateral  e arrancando grades e botes salva-vidas. O capitão, Wilfred Walter, olhou para o relógio e percebeu que ele estava atrasado para participar da missão USS Iowa, então dirigiu ao navio mercante um rápido pedido de desculpas e afastou-se rapidamente desse porto. Podemos imaginar como esses marinheiros novatos se sentiram no que havia acontecido em seu primeiro dia de trabalho:

'Foi o nervosismo do primeiro dia. Certamente as coisas não podem ficar pior ... Não imaginava o quanto errado eles estavam!


Apenas 24 horas depois de sua partida precipitada do porto já em treinamento com o resto do comboio, foi ordenado o silêncio no rádio pois logo entrariam em águas infestadas de submarinos alemães, uma situação que obrigava a tripulação de cada navio aperfeiçoar o mais rapidamente possível os seus exercícios de defesa e, especialmente no caso dos destróieres, o uso de cargas de profundidade contra submarinos.




Em 12 de novembro, uma enorme explosão sacudiu as águas. Todos os navios do comboio reagiram entrando em estado de alerta e começando  a executar manobras evasivas pois era evidente que um submarino inimigo rondava por lá. Talvez os nazistas tivessem informações sobre a missão secreta e tentasse acabar com a vida do presidente dos Estados Unidos a bordo no USS Iowa.

Minutos depois o capitão Walter sinalizou que não havia submarino. A explosão foi provocada apenas por uma de suas próprias cargas de profundidade que tinham caído acidentalmente fora do navio, porque o gatilho de segurança não havia sido acionado adequadamente.

Logo depois desse incidente, uma onda gigante inundou o Willie Dee tirando tudo o que não foi fixado ao solo e arremessando um homem ao mar, que nunca foi encontrado. Em seguida, a sala de máquinas perdeu força em uma de suas caldeiras e ficou para trás do comboio. E, após esses incidentes, o capitão teve de fazer relatórios quase de hora em hora para o IOWA sobre as dificuldades do Willie Dee.






Nesse ínterim, o Chefe de Operações Navais Almirante Ernest J. King, que estava a bordo do  Iowa, tornou-se consciente das dificuldades do capitão Walter e, com tantos personagens ilustres a observá-lo e sentiu-se envergonhado e frustrado. 

Ele descarregou todo o seu descontentamento sobre o capitão Walter, se ele sabia que estava desperdiçando uma oportunidade de carreira nesta alta missão? Devidamente advertido, Walter prometeu melhorar o desempenho do seu navio para o resto da viagem e garantiu que sua equipe treinaria duro no mar.

Dois dias depois, quando o comboio estava a leste das ilhas Bermudas, O capitão do Iowa se ofereceu para mostrar a Roosevelt e seus assessores como o encouraçado poderia se defender contra um ataque aéreo. 

Como alvos foram lançados diversos balões meteorológicos e o presidente sentou-se no convés apreciando o show, enquanto Walter e sua tripulação assistia a 6.000 jardas (cerca de 5,5 km) de distância ansioso para participar da diversão. Eles tiveram sua chance quando o navio de guerra perdeu alguns dos balões alvo que deslizaram para a mira das armas de Walter. Vendo uma oportunidade de se redimir, Walter rapidamente enviou sua equipe para estações de batalha, e os artilheiros começaram a disparar sobre os balões. Ao mesmo tempo, ele ordenou sua tripulação para realizar um exercício em que eles iriam praticar o lançamento de torpedos em outro navio.

A única diferença entre uma simulação e a coisa real era que, em uma simulação, removiam-se todos os iniciadores que lançavam os torpedos dos quatro tubos do Destróier Porter. Sem os iniciadores - o sinal de ignição - não se pode causar a explosão necessária para lançar os torpedos para a água. Para levar a cabo o ataque simulado, a tripulação de torpedo precisava de um alvo. Como era comum em treinos, eles usaram qualquer navio nas proximidades. O maior e mais fácil alvo que podiam ver era Iowa.

Quando os tripulantes estavam prontos, o oficial de ponte enviou os comandos para o disparo simulado Fire 1 e a tripulação "disparou" um torpedo. Depois de uma pausa o oficial de ponte continuou o exercício com 'Fire 2!' Como esperado, houve outra pausa e então ele ordenou 'Fire 3!'

Desta vez, o seu comando foi confirmado sob o som de "whooooooosh' quando o torpedo voou para fora do seu tubo e na água - para espanto e horror dos oficiais na ponte - e foi direto para o Iowa e ao seu presidente.

No máximo, o torpedo  levaria dois minutos para chegar ao Iowa por isso não havia tempo a perder.

Walter ordenou imediatamente um aviso para Iowa. Mas o comboio secreto estava sob ordens estritas para não usar o rádio. Em vez disso, um sinaleiro foi para sinalizar o navio de guerra por uma luz intermitente. Infelizmente, em sua pressa e inexperiência, o jovem marinheiro primeiro informou que um torpedo estava na água, mas se afastando do Iowa. Nervosamente enquanto observava o torpedo ir em direção ao navio de guerra, ele tentou novamente e de alguma forma sinalizou que o Destróier estava indo em sentido inverso à velocidade máxima.

Walter percebeu que os sinais de flash não estavam correto então ele decidiu quebrar o silêncio de rádio. O operador de rádio de Walter enviou rapidamente um chamado para o Iowa usando seu nome de código: 

'Leão, Leão, vire para a direita!'

O operador de rádio em Iowa, surpreso ao ouvir a chamada no ar, respondeu calmamente perguntando quem estava chamando e por quê: 

"Identificar e dizer novamente. 
Onde está o submarino? 

O operador de Walter respondeu com 

'Torpedo na água!
 Leão, vire para a direita! 
Emergencia! 
Vira à direita, Leão!  '

E então não houve mais resposta do Iowa pois o vigia no encouraçado tinha visto o torpedo gritava: 

'Torpedo em nosso estibordo! 
Este não é um exercício!
 Torpedo em nosso estibordo! "

Iowa virou bruscamente à direita e aumentou a velocidade enquanto seus canhões começaram a disparar sobre o torpedo que chegava. Walter e sua tripulação só podiam assistir e esperar que o grande navio fizesse a volta a tempo.

Devido à manobra inesperada, os guarda-costas de Roosevelt tiveram que segurar sua cadeira de rodas para evitar um acidente com o presidente Roosevelt. Um dos guardas ainda pegou sua pistola com a intenção de disparar contra o torpedo quando ele chegou mais perto.

O navio de guerra fez a volta a tempo, e o torpedo explodiu na esteira do encouraçado. Roosevelt mais tarde fez uma anotação em seu diário sobre a viagem que disse: 

"Na segunda-feira durante um exercício de armas, Porter disparou um torpedo para nós por engano. Vimo-lo - perdeu-se por 1.000 pés (350 m) '.

Walter e sua tripulação  podiam respirar novamente, mas para eles o incidente estava longe de terminar. Uma vez que o Iowa voltou à formação, Walter podia ver que as armas do navio de guerra foram direcionadas ao seu navio. Logo Iowa entrou no rádio perguntando o que  havia acontecido. 

"Nós fizemos isso", 
foi a resposta de Walter.

Depois de rapidamente conferenciar com sua própria equipe, que não tinha explicação imediata para a forma como o torpedo terminou na água, um Walter de rosto vermelho tentou assegurar que a coisa toda fora apenas um acidente. Sob as circunstâncias, no entanto, as suspeitas eram elevadas, e o navio e sua tripulação foram colocados fora do comboio. Iowa continuaria a caminho da África do Norte para  fazer história enquanto que  o Willie Dee foi enviado para uma estação naval dos EUA nas Bermudas para explicar melhor a sua história.




Fuzileiros navais dos EUA armados, no momento que o navio atracou, colocaram toda a tripulação sob prisão - a primeira vez que uma tripulação da Marinha dos EUA foi presa em massa.

Foi realizada uma investigação criteriosa para se saber se realmente fora um acidente ou  sabotagem. 

Um oficial, o tenente William Poindexter, explicou à comissão de inquérito que "a inexperiência do pessoal do William D. Porter, tanto marinheiros como oficiais, deve ser considerada como uma explicação parcial para o acidente. Dos 16 oficiais subalternos apenas quatro tinham tido experiência em um navio antes de vir para bordo.

O torpedeiro Dawson finalmente confessou ter deixado inadvertidamente o iniciador no tubo de torpedo, o que causou o lançamento. Logo após o torpedo deixar o tubo, Dawson havia jogado o iniciador no mar para esconder o seu erro. O inquérito chegou ao fim. Todo o incidente foi apurado e colocado sob um manto de segredo afinal eram tempos de guerra.

Chegaram a conclusão que fora um acidente mas como o presidente tinha sido o alvo, o capitão Walter e vários antigos oficiais e marinheiros iriam ser transferidos  para as Aleutas em trabalhos em terra obscuros, e o torpedeiro responsável pelo disparo foi condenado a 14 anos de trabalhos forçados.  Mas quando Roosevelt ouviu falar da sentença,  ordenou que a Marinha não punisse ninguém desde que o incidente foi claramente um erro e nenhum dano tinha sido feito. Talvez não, mas em quase afundando o Iowa o destróier USS William D. Porter tornou-se conhecido na Marinha como um navio que se devia tomar cuidado.


Depois de 1943, o navio foi comumente saudado por outros navios com a saudação:

"Não atire! Nós somos republicanos! "

tornando-se a ovelha negra da frota naval americana. Servir no USS William D. Porter foi considerado um castigo.



Durante os primeiros meses de exílio nas Aleutas parecia se dissipar a sombra escura de seu passado vergonhoso, estava tudo bem. Mas um dia, um de seus marinheiros voltou bêbado a bordo e decidiu mexer com suas armas de artilharia e abriu fogo pesado e um projétil caiu  no jardim da casa do comandante da base que na época realizava uma festa com outros oficiais e suas esposas. Felizmente só causou danos materiais, mas a pouca reputação que o Willie Dee tinha foi definitivamente eliminada.  

Mas o fim da guerra se aproximava e todos os barcos eram necessários na linha de frente, de modo que o Willie Dee foi transferido para o Pacífico.

Quando o  Destróier William D. Porter mais tarde se juntou aos outros navios para participar da última e maior das batalhas insulares do Pacífico da Segunda Guerra Mundial, a campanha de Okinawa (abril a junho de 1945), e já sob o comando de Charles M. Keyes, viu sua sina persistir ao acidentalmente crivar de balas outro navio da frota, o USS Luce e, a partir daí, Willie Dee passou a servir apenas de apoio para as tropas que estavam tentando conquistar essa ilha.

Corretamente ele usou suas defesas anti-submarino e até mesmo derrubou cinco aviões japoneses. Infelizmente, pouco depois, foi relatado que ele também havia equivocadamente derrubado três aeronaves dos EUA.

Em 10 de junho de 1945, a saga do navio de má sorte chegou ao seu fim.




Um bombardeiro japonês Aichi D3A2 apelidado pelos aliados de "Val" construído quase inteiramente de madeira e lona escorregou por entre os defesas. Como ele tinha muito pouca superfície de metal, os radares não o registraram. Um piloto kamikase totalmente carregado dirigia-se a um navio perto de Willie Dee, mas, no último momento, desviou e caiu ao lado do destróier azarado. Houve um suspiro de alívio quando o avião afundou fora da vista sem explodir. Infelizmente, em seguida, explodiu abaixo da quilha do destróier e abriu o casco do navio na pior localização possível.



após ser atingido, botes aproximam-se

tripulação do Willie Dee sendo resgatada


Destroyer Willian  D. Porter afundando




Três horas mais tarde, o último homem, o capitão, saltou para segurança de um barco de resgate, deixando o navio que quase mudou a face da guerra afundar pela popa. 

Milagrosamente, nem uma única alma se perdeu neste naufrágio. Era quase como se o navio que tinha sido tão azarado optasse por deixar sua tripulação ilesa. O azar do  USS William D. Porter tinha acabado.